Balancins Elétricos: Utilização Segura, Eficiência Comprovada
Editor: Sandro Azevedo
Postagem: 2019-07-18T15:17:21-04:00
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Alternativa para as construtoras que buscam maximizar sua produtividade, os balancins elétricos são usados na execução de serviços na parte externa de edifícios, como em reparos na fachada, realização de acabamento e pintura, instalação de esquadrias e vidros, limpeza e manutenção.

Também conhecido como andaime suspenso motorizado, esse equipamento funciona por meio de guinchos elétricos, cabos de aço e plataformas de alumínio.

Introduzidos no mercado brasileiro na década de 1990, os balancins motorizados podem ser encontrados em especificações variadas em função do fabricante. Mas, de modo geral, são capazes de suportar até 800 kg (incluindo o peso próprio, o da carga e o dos operários) e apresentam velocidade vertical de até 9 m/min.

A seleção do melhor modelo depende do tipo de serviço que será executado e da velocidade de movimentação necessária para atender aos prazos do cronograma.

Principais Vantagens dos Balancins Elétricos

Os modelos motorizados são indicados para obras que preveem grande tempo diário de utilização do equipamento. Isso porque têm custo de aquisição e locação superiores aos andaimes manuais.

O que faz as construtoras apostarem no balancim motorizado é a possibilidade de oferecer maior mobilidade para seus operários na execução dos trabalhos. O equipamento é operado apenas com botoeiras com comandos de subida, descida e emergência, não exigindo que o usuário se desgaste com a manipulação das alavancas dos balancins convencionais. Além disso, o modelo elétrico pode ter até 12 m de extensão, contra 8 m dos equipamentos manuais.

Outra vantagem associada aos balancins elétricos é a montagem mais prática dos pontos de fixação e das plataformas. O andaime motorizado também se destaca em situações específicas, como em fachadas cegas, nas quais não há pontos de acesso em janelas e sacadas, que viabilizariam o uso dos andaimes manuais.

Aquisição Segura

“Os melhores modelos de balancins elétricos ainda são os importados”, comenta Ronaldo Max Ertel, presidente da Associação Brasileira dos Locadores de Equipamentos e Bens Móveis (Alec). Isso não significa que se possa importar sem qualquer cuidado prévio. É altamente recomendável certificar-se sobre a procedência do equipamento, que pode vir de países como China, Bélgica e Estados Unidos. “Também é importante procurar informações com quem já adquiriu e em várias fontes na internet”, afirma.

No caso de locações, outra recomendação é checar o histórico dos fornecedores com relação a questões de segurança, cumprimento de prazos, experiência técnica da equipe e qualidade dos equipamentos. De acordo com a Norma Regulamentadora 18, somente empresas regularmente inscritas no Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), com profissional legalmente habilitado pertencente ao seu quadro de empregados ou societário, podem fabricar andaimes completos ou quaisquer componentes estruturais.

Rotina Diária do Uso de Balancins Motorizados

A montagem de balancins elétricos deve ser sempre precedida da elaboração de um projeto adequado às condições da obra. Durante a montagem, é necessário, por exemplo, prever o aterramento elétrico adequado.

Durante a operação, é imperativo respeitar o limite de peso que as plataformas suportam. Uma dica para evitar problemas operacionais decorrentes do sobrepeso é depositar no equipamento somente o material necessário para o uso imediato.

Antes de iniciar os trabalhos sobre os andaimes motorizados, alguns itens devem ser checados, como a amarração dos cabos de sustentação, a fixação dos motores, o sistema de sustentação das vigas e os freios de segurança. Os cabos de sustentação precisam estar limpos e secos.

“Um dos principais erros cometidos pelos operadores de balancins elétricos é não manter o equipamento nivelado, seja durante a subida, seja na descida”, destaca Ronaldo Ertel. Ele ressalta também que a umidade durante uma chuva pode provocar o travamento do sistema de freio.

Como ocorre com qualquer equipamento instalado no canteiro, os operadores devem receber um curso específico, que geralmente é ministrado pelo fornecedor do equipamento. Os certificados de participação nesse curso devem, inclusive, ser disponibilizados no canteiro.

Segundo Ertel, no caso da aquisição do balancim elétrico, há a necessidade de manutenção constante dos motores, tanto na parte elétrica, quanto nas plataformas. Outra recomendação é verificar, sempre ao final do dia, a integridade dos dispositivos de suspensão.

O uso de andaimes suspensos fora da norma conduz a situações de risco. Esse tipo de equipamento exige planejamento para montagem e fixação da estrutura, processo que precisa ser supervisionado por profissional legalmente habilitado. Segundo a Norma Regulamentadora no 18 (NR-18), o piso do balancim deve ter forração completa e antiderrapante, ser nivelado e dispor de guarda-corpos e rodapé.

Seja qual for o tipo de andaime, deve sempre ser posicionado próximo ao local a ser trabalhado para que o funcionário não corra riscos ao se inclinar para alcançar a superfície a ser trabalhada.

Mais Segurança

Em maio de 2012, a Portaria 318, da Secretaria de Inspeção do Trabalho, publicada no Diário Oficial da União (DOU) alterou três itens da NR-18. Desde então, "em edificações com, no mínimo, quatro pavimentos ou altura de 12 m a partir do nível do térreo, devem ser instalados dispositivos destinados à ancoragem de equipamentos de sustentação de andaimes e de cabos de segurança para o uso de proteção individual a serem utilizados nos serviços de limpeza, manutenção e restauração de fachadas". Outro item que mudou, foi a carga mínima a ser suportada pelos pontos de ancoragem, que passa a ser 1.500 quilogramas-força (kgf).

Andaimes e outros equipamentos como a cadeira suspensa precisam ser inspecionados ao final da montagem e diariamente pelos usuários e pelo responsável da obra, antes de iniciar os trabalhos.