USP confirma sarampo em aluno; São Paulo tem aumento de casos da doença

Sandro Azevedo | 9895 Visualizações | 2019-07-05T10:20:11-03:00

via : Ciência e Saúde
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Registro da doença na capital aumentou 143% em menos de um mês.

Auno da USP é diagnosticado com sarampo

Auno da USP é diagnosticado com sarampo

A Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), da Universidade de São Paulo (USP), afirmou nesta quarta-feira (3) que um aluno foi diagnosticado com sarampo. Como a doença é altamente contagiosa, a recomendação é que todos os que passaram no prédio no último mês sejam vacinados.

A atlética da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP também emitiu um comunicado nesta terça-feira (2) afirmando que há suspeita de casos entre alunos da instituição e recomendando a imunização.

Procurada pelo G1, a Secretaria Municipal da Saúde não confirma diretamente os casos relatados na USP, mas novo balanço mostra que houve aumento significativo dos casos confirmados na capital.

Até 15 de junho, 32 casos haviam sido confirmados em 2019 na cidade de São Paulo. O número agora passou para 78, representando aumento de 143% em menos de um mês.

“A vigilância trata todos os casos suspeitos como confirmados até que sejam descartados pelos exames laboratoriais mais minuciosos. Nessas situações, a vigilância epidemiológica desencadeia ações de bloqueio vacinal para interromper a transmissão da doença. Durante as ações de bloqueio, a vacinação acontece independente de idade e da situação vacinal”, afirma a nota.

Nesta sexta-feira (5), será montado um posto extra de vacinação dentro do prédio da FFLCH para imunizar apenas professores, funcionários e alunos que circulam por lá. Outras pessoas devem procurar uma unidade básica de saúde mais próxima (veja a lista completa).

A Secretaria Estadual de Saúde ainda não divulgou os números atualizados de casos confirmados no estado. O último balanço realizado no dia 7 de junho apontava 51 casos. No ano inteiro de 2018 foram confirmados apenas 4 casos.

A vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, deve ser tomada no primeiro ano de vida da criança, mas uma segunda dose de reforço também é necessária.

Em São Paulo, uma campanha estadual começou no dia 10 de junho com público alvo para população na faixa etária entre 15 e 29 anos, mais sujeita a não ter tomado a segunda dose da vacina.

A Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) estima que a população nessa faixa etária seja composta de 2,9 milhões de pessoas. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, no entanto, apenas 1,6% procurou os postos de vacinação.

Até segunda-feira (1), foram aplicadas 47.613 doses no público-alvo. Dessas, quase metade foi aplicada (25.307) no último sábado (29), quando foi realizado o dia “D” de mobilização. A campanha vai até o dia 12 de julho.

Em 2018, o Brasil viveu um surto da doença com mais de 10 mil casos, especialmente no Amazonas e em Roraima. Após a crise, o país perdeu o certificado de eliminação de sarampo concedido pela Organização Pan Americana de Saúde (OPAS/OMS) e não é mais considerado uma área livre da doença.

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