A ergonomia é uma necessidade em todas empresas, independentemente de área de atuação ou tamanho. Assim foi definido pela norma regulamentadora 17 (NR 17), de forma que muitas companhias adotaram o Comitê de Ergonomia como responsável pelo cumprimento dessa norma.
Muitas dúvidas surgem com a NR 17 e com a real necessidade de cumpri-la. As práticas ergonômicas devem ser adotadas para que cada funcionário possa exercer suas atividades respeitando as capacidades psicofisiológicas.
Não atender a norma regulamentadora da ergonomia pode acarretar em multas para o empregador. Conheça o trabalho do Comitê de Ergonomia e como implantar essa equipe em sua empresa.
O que é o Comitê de Ergonomia?
O comitê é formado internamente por um grupo de funcionários voluntários para estudar ergonomia e então acompanhar, sugerir e avaliar a eficácia das práticas ergonômicas na empresa.
Idealmente, esse comitê deve ser composto por funcionários de diferentes setores, incluindo ainda os especialistas em segurança e medicina do trabalho. Esse time será responsável por esquematizar os processos de ergonomia e dar continuidade a eles.
Se for o caso, é essa equipe que vai desenvolver e estabelecer toda a política de ergonomia da companhia. O Comitê de Ergonomia trabalha alinhado à diretoria e deve passar, obrigatoriamente, por um curso preparatório sobre o tema.
A partir disso, o comitê realiza reuniões mensais para observação do cumprimento da política e sugestão de melhorias, estabelecendo um Plano de Ação e as metas a serem atingidas.
Uma das principais atribuições do Comitê de Ergonomia é a elaboração da Análise Ergonômica do Trabalho. Conheça esse documento agora.
Análise Ergonômica do Trabalho (AET)
Este registro tem o objetivo de analisar os riscos ergonômicos no trabalho para então propor soluções, pensando em reduzir ou extinguir tais problemas e melhorar as condições de trabalho para todos.
A AET é realizada por um profissional especializado que orienta o comitê, de forma que o grupo possa checar o que já é padrão da empresa e pensar em formas de implantar os aspectos que estão em falta. Essa análise é obrigatória, como previsto pela NR 17.
O documento da análise é construído em cinco etapas, incluindo pesquisas, entrevistas, vistorias e estudos de registros anteriores:
- Avaliação da demanda (da empresa para os funcionários);
- Avaliação da tarefa (como é solicitada e como é executada);
- Avaliação da atividade (comportamento do funcionário);
- Diagnóstico (possíveis riscos ergonômicos nas etapas anteriores);
- Recomendações (soluções ou adequações para os problemas encontrados).
Como implantar um Comitê de Ergonomia
Tudo começa com a definição dos membros do comitê, que pode seguir uma hierarquia com coordenador, secretário e então funcionários de produção e da administração. Considere ainda que o comitê precisa de uma pessoa responsável pelos recursos financeiros e materiais.
Com o time definido, todos passam por treinamentos e certificações sobre o assunto, cobrindo as legislações vigentes, noções sobre doenças ocupacionais, posturas corretas e incorretas, benefícios da implantação da ergonomia e outros itens.
O próximo passo é a definição do Plano e das metas relevantes para o comitê. Um plano de ação para o Comitê de Ergonomia deve seguir as etapas de Planejamento, Execução, Verificação e Ação corretiva.
É importante definir também uma agenda de reuniões e cronograma de documentos do comitê. Assim a equipe terá o ambiente propício para implantar práticas ergonômicas e alcançar melhorias continuamente.