No Brasil, mais de 88 mil acidentes e 2.500 mortes por ano em operações que evolvem pessoas, máquinas e equipamentos são registrados, de acordo com dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho. Esses números representam um impacto na economia que supera os R$ 12 bilhões anuais. Sem esquecer, é claro, de todo o trauma que esse tipo de situação pode causar nas estruturas familiares.
A partir desse pressuposto nasceu o projeto HeroBy - IoT Saving Lives, uma startup que desenvolve sensores baseados em IoT (internet das coisas). Os dispositivos criam áreas de segurança de 360° em torno de pessoas, máquinas e equipamentos em áreas de risco de operações de trabalho. O HeroBy emite alertas para operadores em tempo real e acesso online dos dados e dashboards para os gestores.
A startup oferece dois tipos de sensores: os receptores para máquinas, equipamentos e objetos em geral (móveis ou fixos), e os transmissores, instalados nos porta-crachás, capacetes, coletes, cones, balizas ou em outros EPI´s (equipamentos de proteção individuais). A partir desses dispositivos ocorre interação inteligente entre receptores, o que gera áreas de segurança em real time.
“Nossos sensores têm três funções: gerar alertas em tempo real para evitar acidentes, transformar esses alertas em dados dentro da plataforma e apresentar os mapas dos riscos de segurança para as equipes de operações”, explica o COO da HeroBy, Marcelo Figueiral.
Os sensores de segurança do HeroBy podem ser aplicados em qualquer tipo de operação onde exista risco de acidentes leves ou críticos nas atividades de trabalho. Essas atividades podem ser de interação entre homens e máquinas ou em áreas de acesso restrito (áreas de exclusão).
O HeroBy é a primeira startup a atender plenamente a regra NR 12 de Segurança do Trabalho de Máquinas e Equipamentos, principalmente a 12.38 (Sistemas de Segurança). Essa norma determina quais zonas de perigo devem possuir sistemas de segurança interligados, além de Mapa de Riscos para proteção à vida.
A meta do HeroBy é tornar o Brasil referência em segurança do trabalho em operações consideradas de alto risco. Para isso, oferece ao mercado uma solução efetiva sem burocratizar processos ou a necessidade de altos investimentos para a implantação da tecnologia.
Por: Victor Faverin
Revista Cipa
