Sergipe carece lutar pelos seus direitos, o seu trabalhador precisa reagir ante as afrontas avassaladoras do sistema, e nós, profissionais prevencionistas, exercendo o seu papel de destaque nas empresas em todo o estado, salvando vidas e garantindo o bem estar físico e mental desta grande massa produtiva, incorporando valores significativos para o crescimento social, econômico, político e mercadológico na região, precisamos multiplicar o conhecimento aliado às nossas técnicas, unificar os nossos propósitos, considerando as nossas especificidades, promovendo ações verdadeiramente sustentáveis, e capazes de envolver os nossos representados, de forma transparente e bilateral.
Segundo o Ministério Público do Trabalho em Sergipe (MPT-SE), entre 2012 e 2018, Sergipe registrou 16.284 acidentes de trabalho. Uma morte é estimada a cada 21 dias. Um número relativamente alto, levando-se em consideração o percentual de profissionais, diretamente ou indiretamente envolvidos na prática da Segurança do Trabalho em nosso estado. Em que nível, na realidade, encontra-se a cultura prevencionista em Sergipe?
Cortes, lacerações, fraturas, escoriações, contusões e esmagamentos, são algumas das ocorrências mais frequentes em Sergipe, considerando o atendimento hospitalar, a construção de edifícios, e a coleta de resíduos não-perigosos, como as atividades mais acometidas neste cenário. Um outro dado a ser considerado, é que somente em Aracaju, neste mesmo período, tivemos nada menos que 8.433 acidentes de trabalho, sendo a grande maioria, entre as ocorrências em todo o Estado.
Precisamos mudar definitivamente esta realidade, através da soma e da participação ativa dos nossos profissionais envolvidos com a Segurança e a Saúde dos trabalhadores, até mesmo porque, somos um coletivo que se completa em suas atribuições e propósitos, e visto que, no seguimento social, somos todos prevencionistas de fato.
Munida neste propósito, a ASPROTEST – Associação Sergipana dos Profissionais e Técnicos de Segurança do Trabalho, vem apresentar um novo modelo de gestão participativa, atrelada à novos projetos de alcance coletivo, levando em conta as necessidades do mercado de trabalho, as variáveis distintas da competitividade profissional, os direitos assegurados pela Legislação, e à iniciativa pioneira de trazer para Sergipe, e para seus profissionais, tão indispensáveis na garantia da saúde e da segurança dos estabelecimentos, melhores condições de vida e de trabalho, e novas perspectivas de atuação, não apenas no mercado formal, como no mercado informal, considerando as premissas já garantidas por lei, e que nos dão amplo embasamento jurídico, para propormos medidas que não apenas garantam a promoção da saúde e a redução de acidentes de trabalho, mas também poupem vidas e acidentados, consequentemente, minimizando os custos acidentários e previdenciários, que somam, nada mais que 27 bilhões em todo o país. Precisamos cobrar a proteção dos nossos trabalhadores, a regularização das atividades por eles desenvolvidas, a fiscalização dos processos e a intervenção de fato, para que os profissionais diretamente envolvidos neste setor, recebam a valorização que merecem. Os Técnicos de Segurança do Trabalho, têm um importante papel neste contexto, pois representam o maior número desses profissionais habilitados, dentro da sua esfera, para desenvolverem uma cultura prevencionista definitiva em nosso Estado, portanto, não se medirão esforços para alavancarmos a formação, a capacitação, a especialização, e a valorização profissional destes, que consideramos, a base para a segurança do trabalho nas empresas.
Sandro de Menezes Azevedo
Presidente/ASPROTEST
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