Perigo oculto: amônia na indústria de refrigeração
Imagine estar em queda livre de um avião e ter que escolher entre um paraquedas novinho, com manutenção em dia, e outro rasgado, fora da validade. A escolha é óbvia, certo? Na indústria de refrigeração, lidar com vazamentos de amônia exige uma proteção tão crucial quanto essa decisão, mas nem sempre a opção certa é feita.
Possíveis equívocos na hora de escolher os EPIs (equipamentos de proteção individual) podem acarretar grandes problemas, especialmente aos colaboradores. Por isso, é preciso deixar claro que a conscientização é o primeiro passo para um ambiente livre de perigos.
A função da amônia
A amônia (NH3) desempenha um papel importante na produção de alimentos e bebidas diárias, sendo preferida na refrigeração industrial devido à sua capacidade superior de resfriamento e custo acessível. No entanto, sua natureza inflamável, explosiva e até mortal em altas concentrações torna imperativo o uso de medidas de segurança adequadas.
A amônia, geralmente gasosa, é tóxica quando inalada e pode causar irritações, queimaduras e cegueira ao entrar em contato com a pele. Portanto, é inquestionável que representa perigo para os trabalhadores em casos de vazamentos, especialmente se os EPIs não forem usados corretamente.
Qual é o EPI ideal?
As vestimentas de proteção contra vazamentos de amônia são trajes encapsulados, hermeticamente fechados e compostos por diversos materiais plásticos. A data de validade desses EPIs é determinada pelos fabricantes, mas a falta de manutenção e o armazenamento inadequado comprometem a eficácia da barreira de proteção.
Não basta, contudo, apenas escolher EPIs de qualidade. É necessário se atentar à integridade do material!
O treinamento dos funcionários é crucial para garantir a vida útil desses trajes, conscientizando-os sobre os riscos e a importância do uso adequado do EPI. Mesmo sendo resistente, o material não deve ser armazenado junto a produtos químicos, pois isso pode contaminar o EPI e acelerar sua degradação. O armazenamento ideal é em ambiente fechado, com temperatura média de 25/30°C, maximizando a vida útil da vestimenta.
É essencial realizar anualmente o teste de pressão (inflar o EPI) para garantir a impermeabilidade, seguindo as normas, como a americana ASTM F1052. Isso assegura que a vestimenta esteja apta para uso, desde que esteja dentro da validade e vida útil.
O que determina o teste ASTM F1052?
O teste de pressão de ar avalia a integridade de vestimentas Tychem® 10000 - Nível A quanto à vedação contra gás. Eles são feitos de acordo com ASTM F1052, o “Método de Teste Padrão para Teste de Pressão de Conjuntos de Proteção Contra Vapor”, vale ressaltar que existem outras normas.
As vestimentas encapsuladas podem ser consideradas de Nível A ou Nível B. Quando categorizadas no nível A, são encapsulados herméticos. Já o nível B significa que são encapsulados não herméticos.
O que determina o teste ASTM F1052?
O teste de pressão de ar avalia a integridade de vestimentas Tychem® 10000 - Nível A quanto à vedação contra gás. Eles são feitos de acordo com ASTM F1052, o “Método de Teste Padrão para Teste de Pressão de Conjuntos de Proteção Contra Vapor” - vale ressaltar que existem outras normas.
As vestimentas encapsuladas podem ser consideradas de Nível A ou Nível B. Quando categorizadas no nível A, são encapsulados herméticos. Já o nível B significa que são encapsulados não herméticos.
Qual risco de não utilizar o EPI adequado?
Infelizmente, não é incomum ver empresas usando EPIs incorretos, seja por falta de informação ou devido ao custo. O reuso de EPIs contaminados e reparos inadequados, como costura ou termosselagem, comprometem a segurança. A legislação brasileira exige a incineração de vestimentas contaminadas após o uso, mas é possível reaproveitar um EPI não contaminado apenas em treinamentos simulados.
Tomar esses cuidados não é apenas uma obrigação legal; é uma responsabilidade ética que efetivamente salva vidas. Na indústria de refrigeração, escolher a proteção adequada contra vazamentos de amônia é tão crucial quanto escolher um paraquedas funcional em queda livre. Afinal, o valor de um equipamento nível A vai além do EPI, mas abrange a segurança de quem o utiliza.
Como garantir a segurança?
Mostrar e estimular o compartilhamento das boas práticas entre os colaboradores, é um passo importante e pode ser feito até mesmo com a adoção de ações de incentivo e premiações aos que se destacam na utilização adequada. O monitoramento feito pelas lideranças também ajuda a manter a conformidade.
Fonte: Dupont