Um elevador ou ascensor é um sistema de transporte vertical projetado para mobilizar as pessoas ou bens entre diferentes níveis. Pode ser usado tanto para subir ou descer em um edifício ou uma construção subterrânea. Compatível com peças de mecânicas, elétricas e eletrônicas que trabalham juntos para alcançar um meio seguro de mobilidade.
Os elevadores são dispositivos que permitem subir. Os primeiros elevadores eram talhas, levantando-se pela força humana, uma vez que vários homens foram se transformando um torno enorme, onde vai enrolando uma corda, o que permitiu o aumento da carga.
Os elevadores de corrente são elétricos e têm um sistema informatizado, o que indica, entre outras coisas, a velocidade, o ponto de frenagem e aceleração, tendo mais ou menos capacidade de suportar o peso, o que deve ser indicado. Eles têm uma cabine de dimensões variadas, que sobe e desce entre duas vigas de aço. A cabine e o contrapeso são suportados por cabos passando por uma roldana, que é uma grande roda com slots. O contrapeso age ao contrário do movimento da cabine: quando o primeiro carregar outra para baixo e vice-versa.
O design dos elevadores é sempre vertical para cumprir satisfatoriamente com o objetivo de subir ou descer através o piso de um edifício. Ressalta, que o elevador é composto de elementos eléctricos, mecânicos e electrónicos, que juntos, eles permitem a mobilidade acima mencionada pelo edifício ao mesmo tempo garantir uma circulação segura
Dentro da cabine uma botoeira que contém botões marcados com diferentes pisos, mais um alarme e um botão de stop que usuários podem manipular a partir da cabine para evitar movimento do elevador. Segurança é, portanto, uma base e uma questão muito importante em elevadores. Se houver falhas, em quase todos os elevadores, parar sua marcha é fundamental para evitar acidentes.
A NBR 15597 de 07/2010 – Requisitos de segurança para a construção e instalação de elevadores – Elevadores existentes – Requisitos para melhoria da segurança dos elevadores elétricos de passageiros e elevadores elétricos de passageiros e cargas estabelece regras para melhoria da segurança dos elevadores de passageiros existentes, com o objetivo de atingir um nível equivalente de segurança àquele de um elevador recentemente instalado conforme a NBR NM 207 e aplicando o que há de mais avançado em segurança. Devido a situações como projeto do edifício, etc., pode não ser possível em todos os casos atingir o que há de mais avançado para a segurança atual. Esta norma se aplica a elevadores elétricos permanentemente instalados, servindo níveis de pavimento definidos, contendo um carro projetado para o transporte de pessoas e movendo-se entre guias inclinadas no máximo 15° com a vertical, com acionamento por tração. Esta norma inclui a melhoria da segurança de elevadores de passageiros existentes para: usuários; pessoal de manutenção e inspeção; pessoas fora da caixa, casa de máquinas e casa de polias (em sua vizinhança imediata); quaisquer pessoas autorizadas.
Mais de 300 mil elevadores estão em operação hoje no Brasil e mais de 80 % foram construídos e instalados com base nas NB 30 e T NBR 7192, hoje canceladas e substituídas pela NBR NM 207. Os elevadores existentes foram instalados com o nível de segurança apropriado ao seu tempo. Este nível é mais baixo do que o nível atual mais avançado para a segurança. Novas tecnologias e expectativas sociais levaram ao nível atual mais avançado para a segurança.
Isto levou à situação hoje de diferentes níveis de segurança por todo o Brasil, causando acidentes. O objetivo desta norma é definir regras de segurança relativas a elevadores de passageiros, com vista a proteger as pessoas e objetos contra os riscos de acidentes relacionados com as operações pelo usuário, de manutenção e emergência de elevadores. Além disso, há uma tendência crescente das pessoas viverem mais e das pessoas com dificuldade de locomoção esperarem acessos e facilidades para todos.
Portanto, é muito importante fornecer um meio de transporte vertical para pessoas com mobilidade reduzida para que possam locomover-se sem o auxílio de terceiros. O fato de o ciclo de vida de um elevador ser mais longo do que a maioria dos outros sistemas de transporte e equipamento predial significa, portanto, que o projeto do elevador, o desempenho e a segurança podem ficar defasados em relação às tecnologias modernas. Se os elevadores existentes não forem atualizados para a segurança mais avançada de hoje, o número de danos físicos aumentará (especialmente em prédios que podem ser acessados pelo público em geral).
Esta norma, baseada na EN 81-80:2003, categoriza os vários riscos e situações de risco; cada uma das categorias foi analisada por uma avaliação de risco; objetiva fornecer ações corretivas para melhorar passo a passo, progressiva e seletivamente a segurança para todos os elevadores de passageiros existentes, tendendo à segurança mais avançada; permite que cada elevador passe por vistoria e que as medidas de segurança sejam identificadas e implementadas de uma forma gradual e seletiva, de acordo com a frequência e severidade de qualquer risco individual; lista os riscos altos, médios e baixos, e as ações corretivas que podem ser aplicadas em etapas separadas de maneira a eliminar os riscos. Outros regulamentos locais podem ser aceitos, desde que tenham um nível equivalente de segurança.
Esta norma pode ser usada como orientação para que: autoridades competentes determinem seu próprio programa de implementação passo a passo via um processo de priorização (ver Anexo A) de uma maneira razoável e praticável (ver 3.6), com base no nível de risco (por exemplo, extremo, alto, médio ou baixo) e considerações socioeconômicas; os proprietários cumpram com suas responsabilidades de acordo com os regulamentos existentes; as empresas de manutenção e/ou organismos de inspeção informem aos proprietários sobre os níveis de segurança de suas instalações; os proprietários atualizem os elevadores existentes de forma voluntária, se não existirem regulamentos.
Ao fazer uma vistoria de uma instalação de elevador existente, o Anexo B pode ser usado para identificar riscos e ações corretivas nesta norma. Entretanto, onde uma situação de risco que não for descrita por esta norma for identificada, uma avaliação de risco em separado deve ser feita com base na ISO/TS 14798. Os requisitos e/ou medidas de proteção a seguir não devem ser considerados a única solução possível. Alternativas são permitidas, desde que elas levem a um nível de segurança equivalente.
Uma avaliação de risco deve ser feita caso a caso para itens de segurança não cobertos por esta norma. Onde os requisitos desta norma não podem ser cumpridos e um risco residual permanecer, ou não puder ser evitado, os procedimentos apropriados, como avisos, instruções e treinamento, devem ser dados. Materiais prejudiciais, como amianto no revestimento de lonas de freios, separadores em contactores, revestimento da caixa, portas de pavimento, revestimento da casa de máquinas, etc., devem ser substituídos por materiais que assegurem o mesmo nível de desempenho (ver também 0.3.1 da NBR NM 207:1999).
Para requisitos específicos, como facilidade de acesso, requisitos contra vandalismo e comportamento dos elevadores em caso de incêndio, as condições no prédio devem ser verificadas para constatar o que é prático para ser aplicado aos elevadores. Se um elevador for melhorado por uma das medidas descritas nesta norma, as consequências com as outras partes do elevador devem ser consideradas. Onde os elevadores existentes também forem destinados ao uso de pessoas com mobilidade reduzida, os requisitos do Anexo C devem ser considerados. Os itens considerados estão sujeitos a uma avaliação de risco caso a caso.
Para elevadores existentes adaptados a pessoas com mobilidade reduzida, é de especial importância que a exatidão de parada e a exatidão de nivelamento estejam de acordo com a NBR NM 313:2007, 5.3.3 a exatidão de parada do elevador, que deve ser de ± 10 mm; a exatidão de nivelamento de ± 15 mm, que deve ser mantida. É recomendável aplicar os critérios acima a todos os elevadores
Quando o elevador estiver instalado em um ambiente em que ele esteja sujeito a vandalismo, os requisitos da legislação local devem ser considerados ou, na sua falta, aplicar a EN 81-71. Portas de pavimento e de cabina que contenham vidro devem ser examinadas para observar se o vidro está instalado de acordo com 7.2.3.1, 7.2.3.3, 7.2.3.4, 7.2.3.5, 7.2.3.6, 8.6.6 e 8.6.7 da NBR NM 207:1999, ou tem um nível de segurança equivalente. Se não, então: substituir o vidro por aquele definido na ABNT NBR NM 207:1999, Anexo G; ou o vidro deve ser removido e substituído por um painel sólido, com a adição de um indicador de “carro aqui” em cada pavimento para que os usuários possam saber imediatamente se o elevador está presente; ou os visores devem atender aos seguintes requisitos: a área mínima por porta deve ser de 150 cm² com um mínimo de 100 cm² por visor; espessura mínima de 6 mm; os visores devem ser protegidos por vidro aramado ou laminado de segurança, ou por grade de malha de acordo com a NBR NM ISO 13852; a grade e suas armações, quando empregadas, devem ser construídas de material incombustível; o centro de pelo menos um visor deve estar colocado no mínimo a 1,40 m e no máximo a 1,70 m do piso do pavimento; possuir largura compreendida entre 6,0 cm (mínimo) e 15 cm (máximo).
Quando for maior que 8,0 cm, a sua borda inferior deve estar pelo menos a 1,0 m do nível do piso acabado. A solução adotada deve levar em consideração o regulamento nacional para a proteção contra incêndio do edifício.
Elevadores são equipamentos em que sua função primária é levar seus usuários de um andar a outro com conforto, comodidade e velocidade, garantindo a acessibilidade de todos a todos os andares de qualquer empreendimento, algo que pode não ser notado pelos usuários é que eles na verdade entregam sua vida à segurança deste equipamento, pois trata-se de uma caixa de metal suspensa por cabos de aço e contrapesos.
Não apenas por esse motivo com frequência escrevemos sobre a necessidade de se manter a manutenção preventiva em dia, agora traremos a você informações sobre a segurança dos elevadores e pontos que devem ser observados.
Quais os principais pontos de checagem para saber se meu equipamento é seguro?
Manter a manutenção preventiva em dia garantirá a quem administra um ambiente com elevadores uma maior tranquilidade em saber exatamente o estado do seu equipamento, mas mesmo com manutenção frequentes, problemas podem aparecer. Vamos conhecer alguns pontos que trazem aos usuários maior segurança durante o uso de elevadores:
– Fique atento aos limites do seu elevador
Os elevadores são equipamentos que são preparados e dimensionados para suportar um limite exato de peso, muitas vezes o usuário comum não percebe a existência deste limite mesmo com a placa dentro do elevador o informando. O pensamento mais comum é: “- tem 15 pessoas aqui, mas cabe mais um, pode entrar! ” mas a placa dentro do elevador diz que o limite é 14 pessoas. Ou até mesmo o elevador de serviço onde os usuários lotam de peso por ainda ter espaço, mas os volumes são pesados e podem exceder o limite estabelecido para o equipamento. Neste ponto é importante treinar os funcionários no empreendimento para que detectem essas situações de insegurança e repreender o mais rápido possível, logicamente, com cordialidade. Este treinamento é valido para os mais diversos tipos de funcionários, desde os da limpeza até os de vigilância que podem analisar esses perigos via o sistema de CFTV.
– Portas automáticas
As portas automáticas são os primeiros e principais pontos que remetem a segurança dos usuários, lembre-se que prédios com elevadores não existe limite de andares e podemos conferir na história pessoas que sofreram quedas em fossos de elevadores simplesmente por terem aberto a porta e não repararem que o elevador estava no andar. Parece algo ridículo, mas quando entramos no modo automático, por diversas vezes, temos atitudes que não nos lembramos mesmo quando questionados exatamente após fazer e afinal, quando a porta do elevador abre, esperamos que ele esteja ali, correto? Então se em algum momento, uma porta se abrir sozinha ou mesmo for fácil sua abertura mesmo sem o elevador estar no andar, interdite imediatamente o equipamento, isole a área e chame um técnico, lembre-se, uma vida vale muito mais que seu equipamento funcionando.
– Sistemas de alarme de emergência e comunicação com a cabina
Por ser uma função que não é muito usado, o botão de alarme de emergência assim como o sistema de comunicação com a unidade interna pode apresentar defeitos que somente serão notados quando o mesmo for necessário e que por não funcionar pode trazer pânico, desespero e até raiva nos usuários em caso de uma emergência. Uma inspeção regular deve ser feita para garantir o perfeito funcionamento deste sistema.
– Treinamento dos profissionais envolvidos
Em empreendimentos sejam eles comerciais ou residenciais temos diversos profissionais que nos cercam, sejam eles de manutenção geral, zeladores, gerentes, porteiros ou até mesmo ascensoristas. Estes profissionais devem ser treinados para os principais tipos de situações, tanto no manuseio correto do equipamento, quanto na forma de se comunicar com os usuários durante uma paralização. Funcionários bem treinados e que tem o costume de usar e manusear o seu equipamento podem prever falhas, resolver pequenas panes e também comunicar à gerencia o momento ideal de se chamar a manutenção preventiva.
Estes são os principais pontos que garantem a segurança dos usuários durante o seu funcionamento, mas você sabe como isolar de forma correta um elevador com defeito?
Tão importante quanto garantir os sistemas de segurança para os usuários em perfeito funcionamento e lembre-se que não chegamos a comentar sobre a parte técnica de segurança, mas sim apenas as partes em que os usuários estão envolvidos, é saber como isolar a área de um elevador para o caso de pane evitando assim maiores prejuízos.
1 – Garanta que não há ninguém dentro do equipamento
Se o equipamento apresentou uma falha grave que ponha em risco a vida dos seus usuários você já sabe que deve parar o funcionamento dele imediatamente, quando acontece desta forma, geralmente você é avisado do problema e você decide pela desativação do equipamento. Mas quando ocorre uma pane durante o seu uso, o primeiro passo a se tomar é entrar em contato com a cabine, visualizar as câmeras e garantir que o equipamento esteja totalmente vazio.
2 – Verifique se há a possibilidade de trazer a cabine até o térreo
Avalie a situação, pense com calma antes de agir e se necessário for, entre em contato com seu técnico e tire a dúvida, sendo possível, traga a cabine até o térreo com o fim de garantir o fácil acesso ao técnico e até mesmo para o caso de uma falha grave, a cabine estar próximo ao solo minimiza os danos. Não havendo a possibilidade ou estando em dúvidas, deixe-o parado onde ele se encontra.
3 – Desligue a chave geral de energia (disjuntor) deste equipamento
Independente do equipamento ter uma chave interna que desliga o aparelho, muitas vezes essa chave apenas evita que o equipamento seja chamado ou desliga apenas as partes lógicas do equipamento. O desligamento apenas na chave, pode causar a sua reativação para o caso de alguém que colocou uma chave qualquer no local e conseguiu virar – e acredite, isso acontece. O desligamento na chave geral daquele único equipamento, evita danos nas partes logicas e peças que possam ter sido afetadas e evita que ele seja reativado acidentalmente.
4 – Verifique todas as portas de acesso do pedestre ao elevador parado e sinalize
Pode ocorrer durante uma pane, algumas de suas portas podem permanecer abertas ou até mesmo fracas e fáceis de abrir, faça a análise de todas as portas e feche as necessárias. Importante também é sinalizar que aquele equipamento encontra-se em manutenção, este passo possibilita que o usuário procure um outro equipamento para uso ou até mesmo escolha outro meio para se locomover como escadas ou rampas.
5 – Verifique se nas portas do seu equipamento existe a trava de segurança.
Equipamentos mais antigos foram feitos para serem usados com ascensoristas e operadores especializados apenas para aquela função, hoje em dia com tudo automatizado, alguns equipamentos vem com uma trava de segurança para que você possa trancar todas as portas ou algumas delas, esse passo é importante para evitar a abertura acidental ou garantir a não abertura.
6 – Para o caso de portas apertas, tape imediatamente com tapumes de madeiras
Em alguns momentos, dependendo da pane, o equipamento pode travar e permanecer com as portas abertas ou até por defeito, alguma porta perder pressão e ficar com fácil abertura. Estes casos quando encontrados devem ter a área imediatamente isolada e a porta coberta por tapumes de madeira. Não cubra apenas com um pano ou tecido, muito menos coloque apenas um cone com uma placa, o pano não permite a visão e como consequência a não se sabe o que está atrás, podendo causar acidentes a pessoas desatentas e apenas um cone com uma placa os principais acidentes podem ser com crianças, animais e curiosos.
Os usuários confiam suas vidas nos elevadores e não se esqueça que você, gestor de empreendimentos, também já que muitas vezes temos que utiliza-lo várias vezes por dia. O investimento em segurança de um elevador é baixo e podem evitar problemas maiores, pergunte a sua empresa de manutenção e pergunte sobre o treinamento de sua equipe para os diversos tipos de situação que podem ocorrer e formas de prever danos. Lembre-se, se uma vida vale muito, imagine quatro, seis, oito, dez, ou seja, a capacidade do seu elevador!