A ergonomia é a ciência que estuda o relacionamento entre o homem e máquinas a fim de melhorar suas condições de conforto, bem-estar, saúde e segurança – presente em nosso cotidiano desde o ambiente de trabalho, escola e residências até no transporte e nas nossas áreas de lazer.
Contemplando diversas áreas do conhecimento (como a engenharia, a administração, a higiene e segurança, a medicina, a fisiologia, psicologia, etc.), suas principais áreas de atuação são:
a) organização, que busca planejar o sistema de trabalho para as atividades fisicamente pesadas ou com grande dispêndio energético;
b) fisiologia, que estuda os aspectos energéticos do corpo humano, visando encontrar meios de diminuir ou compensar a sobrecarga física e a fadiga;
c) antropometria, que estuda as dimensões do corpo humano para adequação das máquinas, equipamentos e ferramentas às compleições físicas dos usuários;
d) biomecânica, que estuda as posturas corporais adotadas e a aplicação de forças pelos usuários;
e) fatores ambientais, que estuda as condições climáticas, iluminação, vibração, ruído e emissões de gases e poeiras, etc. no ambiente de trabalho.
Além disso, a ergonomia classifica-se em: ergonomia de concepção, que atua no projeto de um posto de trabalho ou produto; ergonomia de correção, que atua na modificação dos problemas ergonômicos; e ergonomia de conscientização, que atua no processo de capacitação das pessoas.
Atualmente, em virtude do aumento das exigências de um mercado cada vez mais competitivo em termos de preço, qualidade e durabilidade, as características ergonômicas na fabricação de um produto podem representar um importante diferencial de mercado. Por isso, o foco no atendimento das necessidades dos consumidores e a preocupação com a qualidade ergonômica de um produto são fatores que influenciarão na decisão do consumidor no momento da compra.
No caso dos equipamentos para o manejo de áreas verdes (motosserras, roçadeiras, aparadores de grama, podadores, etc.), diversos conceitos ergonômicos já vêm sendo aplicados pelos fabricantes, como produtos compostos de materiais leves e resistentes, baixos níveis de emissões de poluentes e design que oferece maior conforto, por exemplo. Em contraponto, outros aspectos necessitam ainda de melhorias, como equipamentos com menores níveis de ruído e vibração e regulagens que permitiam ser ajustados às medidas dos usuários.
Portanto, fica evidente a importância da aplicação dos conceitos ergonômicos no processo de desenvolvimento dos produtos, pois poderá oferecer aos usuários – sejam eles profissionais ou ocasionais – maior nível satisfação, bem-estar, conforto, saúde, além de ser um diferencial para o fabricante em relação à concorrência.