A radiação não ionizante é uma modalidade de radiação de baixa frequência e baixa energia, também denominada de campo eletromagnético, que se propaga através de uma onda eletromagnética, constituída por um campo elétrico e um campo magnético, podendo ser provenientes de fontes naturais e não naturais.
Os dois principais subtipos de campos eletromagnéticos são:
Eletromagnéticos de frequência extremamente baixa: Ondas de rádio - oriundos da rede elétrica e dos equipamentos elétricos e eletrônicos
Radiofrequência/micro-ondas: Telefones celulares e sem fio, antenas de telefonia celular instaladas nos aparelhos móveis e nas torres, radares e transmissões de rádio e TV, luz elétrica, torres de transmissão e distribuição elétrica, fiação elétrica em construções, equipamentos que emitem radiação infravermelha, redes Wi-Fi.
Formas de exposição
No trabalho:
Os trabalhadores podem ser expostos a campos eletromagnéticos de frequência extremamente baixa, se trabalharem próximos de sistemas elétricos que utilizam grandes potências como geradores ou cabos de força, variando conforme a potência do campo eletromagnético, da distância do trabalhador em relação à fonte e do tempo de exposição. As maiores exposições ocorrem entre os soldadores e eletricistas.
Ambiental:
Todos nós somos expostos a radiação não ionizantes, sejam elas por meio de fontes naturais ou produzidas pelo homem.
Principais efeitos à saúde
A exposição aos campos não ionizantes não são um fenômeno recente, embora a exposição não natural tenha aumentado no século XXI em função das demandas por eletricidade, aprimoramento tecnológico e mudanças no comportamento social. Quanto maior a intensidade do campo magnético externo maior a circulação de corrente no interior do corpo humano. Tanto os campos elétricos como magnéticos podem, quando suficientemente intensos, produzir estimulação em nervos e músculos ou afetar outros processos biológicos.
As evidências sugerem que a exposição crônica à radiação não ionizante de baixa frequência e fontes de campos eletromagnéticos de frequência extremamente baixa pode aumentar o risco de câncer em crianças e adultos.
Medidas de controle
As medidas de proteção dos trabalhadores incluem controles físicos e administrativos, programas de proteção individual e vigilância médica. Medidas de controle devem ser adotadas para manter os níveis de exposição dos trabalhadores dentro das normas estabelecidas. Medidas administrativas de limitação de acesso e sinais de alerta devem ser utilizados juntamente com controle físico.
Radiação solar
Radiação solar é a energia emitida pelo sol na forma de radiação eletromagnética não ionizante e é a principal fonte de exposição humana à radiação ultravioleta (UV).
O nível de radiação solar que atinge a superfície da Terra varia de acordo com alguns fatores ambientais, tais como altura do sol, apresentando maior intensidade nos horários entre dez da manhã e quatro da tarde; a latitude, pois quanto mais próximo à linha do equador, mais elevados são os níveis de radiação UV; céu encoberto por nuvens, poluição atmosférica, névoas ou neblinas, que reduzem os níveis de radiação UV; altitude elevada, onde há menor filtração da radiação UV; e ozônio, que absorve alguma quantidade de radiação UV.
A melhor estratégia para reduzir a exposição natural à radiação UV é evitar o sol no meio do dia, quando a intensidade de radiação é maior.
Formas de exposição
No trabalho:
Trabalhadores que se expõem à trabalhos ao ar livre estão sob risco de ter um câncer de pele pela exposição à radiação solar. O dano à pele é permanente e aumenta com a frequência e intensidade da exposição. As ocupações com especial risco em função da natureza do trabalho são: trabalhadores da construção civil, agricultores, salva-vidas, policiais de trânsito, carteiros, jardineiros, treinadores e educadores físicos de atividades ao ar livre, motoristas de transportes coletivos ou de carga, pescadores e outras ocupações com atividades ao ar livre.
Ambiental:
A radiação solar (exposição natural à radiação UV) pode atingir as pessoas diretamente, dispersas em céu aberto e refletidas no ambiente. Assim, mesmo que uma pessoa esteja na sombra, ainda pode estar bastante exposta à radiação UV através da claridade natural. Também alguns pisos e superfícies são bastante refletores da radiação UV, inclusive pintura branca, de cores claras e superfícies metálicas. Essas superfícies podem refletir a radiação UV na pele e nos olhos.
Principais efeitos à saúde
A reação mais comum da pele após exposição aos raios solares é o eritema, também chamado de queimadura solar. A pele e os olhos são as principais áreas de risco à saúde decorrentes da exposição à radiação.
Uma pessoa que se expõe muito ao sol, especialmente durante a infância, tem o risco aumentado de desenvolver câncer de pele. A exposição ao sol faz com que as camadas exteriores da pele engrossem e, em longo prazo, podem causar enrugamento e enrijecimento da pele. Nos olhos podem causar ceratites, conjuntivites e cataratas.
A exposição solar é a principal causa de câncer de pele. Os carcinomas espinocelular e basocelular representam os tipos mais frequentes de câncer de pele. O melanoma de pele contribui para a maioria das mortes por câncer de pele devido a sua tendência a produzir metástases.
Medidas de Controle
Políticas públicas para diminuir a exposição dos trabalhadores à radiação solar são necessárias para criar e manter ambientes seguros em relação a este tipo de exposição. Ações de educação em saúde em escolas, entre profissionais expostos ao sol durante o exercício das suas atividades, serviços de saúde, campanhas de saúde por meio da grande mídia e unificação dos protocolos de abordagem destes tumores pelos profissionais de saúde são de muita importância para a prevenção destas doenças.
A maior parte dos cânceres de pele podem ser tratados com sucesso se diagnosticados precocemente. É importante se familiarizar com a aparência habitual de sua pele para que mudanças possam ser notadas rapidamente. O aparecimento ou a mudança no formato, cor ou tamanho de manchas ou sinais devem passar por uma avaliação médica.