Os comportamentos de risco no trabalho podem ser associados à falta de percepção do risco ou ainda ao fato de os colaboradores não terem se adaptado a situações de riscos mais comuns – além, é claro, quando há ausência de medidas de controle eficientes para proteção e prevenção de acidentes.
É sempre importante dizer que grande parte dos acidentes de trabalho ocorre devido ao fator humano. Ou seja, é o erro humano que coloca em risco a segurança e saúde dos colaboradores em um ambiente de trabalho – mesmo quando nos referimos à responsabilidade da gestão em si. Os comportamentos de risco no trabalho são um exemplo disso, pois tratam-se atitudes que podem causar acidentes graves, seja por falta de atenção ou de conhecimentos necessários para as atividades.
O que são comportamentos de risco no trabalho?
Comportamento de risco são ações e atitudes cotidianas de cada indivíduo em situações específicas. Isso significa que o comportamento de risco é individual, varia de pessoa para pessoa e depende dos atos de cada um. Neste caso, cabe ao Técnico em Segurança do Trabalho, a CIPA e a outros profissionais responsáveis pela segurança e gestão da empresa fazer a identificação e conscientização das equipes sobre os perigos e riscos decorrentes de certos comportamentos. Leia mais sobre a CIPA em nosso artigo: O que é e para que serve a CIPA?
Quais são os comportamentos de risco mais comuns?
Em cada área de uma empresa existem comportamentos de risco que são mais comuns que em outras. Alguns podem ser até mais fáceis de identificar, no entanto, outros às vezes passam despercebidos aos olhos dos responsáveis pela segurança e dos gestores.
A seguir você confere os comportamentos de riscos mais comuns no trabalho!
– Falta de atenção e ritmo acelerado de trabalho:
A incessante busca por produtividade e cumprimento de metas acaba gerando comportamentos de risco no trabalho que afetam a saúde física e mental dos empregados. Além disso, tal desatenção e ritmo frenético podem diminuir a qualidade do produto ou serviço.
– Pleno sentimento de segurança:
É claro que se sentir seguro no ambiente de trabalho é fundamental, principalmente para que os colaboradores trabalhem mais confiantes e felizes. No entanto, essa sensação de segurança não pode fazer com que eles subestimem as normas e procedimentos de segurança e, assim, criem diversos cenários de riscos. O mesmo vale para excesso de confiança em relação ao conhecimento e uso de ferramentas e equipamentos.
– Utilização de ferramentas ou materiais antigos ou defeituosos:
Cabe à empresa oferecer sempre os materiais adequados e funcionais para a realização das atividades. O uso de ferramentas antigas ou com defeito são exemplos que, além de prejudicar a execução do trabalho, podem colocar em risco tanto os funcionários quanto a empresa.
– Operação de máquinas e equipamentos sem capacitação:
Antes de efetivar qualquer funcionário, é essencial que os gestores tenham certeza de que o mesmo está apto para desempenhar a tarefa corretamente. A empresa que oferece cursos e treinamentos específicos está sempre um passo à frente na hora de se precaver contra acidentes de trabalho.
– Brincadeiras impertinentes no local de trabalho:
Todas as brincadeiras têm um limite. Às vezes, elas servem para deixar o ambiente de trabalho mais sociável e amigável. Porém, a segurança vem em primeiro lugar e é preciso saber lidar para que essas brincadeiras não se tornem um problema de comportamentos de risco.
– Não usar os Equipamentos de Proteção adequados (EPIs ou EPCs):
Muitos funcionários se sentem confiantes o suficiente para realizar tarefas sem os Equipamentos de Proteção Individual ou Coletivo recomendados, colocando a própria vida em risco e também a estrutura, imagem e reputação da empresa. Os responsáveis pela segurança devem supervisionar e garantir que os funcionários façam o uso correto dos EPIs e EPCs, pois não faze-lo significa estar cometendo um erro humano.
Quais as soluções para os gestores adotarem?
Para conseguir evitar os comportamentos de risco dos funcionários que podem comprometer toda a gestão de segurança de uma empresa, é fundamental possuir políticas de segurança desenvolvidas dentro da própria organização. Deve haver orientação, supervisão e atenção contínua em relação às atividades e aos trabalhadores.
grande maioria dos acidentes pode ser evitada por meio de medidas de proteção e prevenção, logo, cabe aos profissionais da área e aos gestores identificarem os comportamentos de risco e reeducarem os trabalhadores para que possam cuidar de sua segurança e a dos colegas.