Gestão do absenteísmo impacta positivamente em custos e produtividade
Editor: Sandro Azevedo
Postagem: 2019-01-21T09:15:48-03:00
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O absenteísmo é fenômeno de largo alcance e de origem multifatorial, com diversos e variados impactos na gestão de custos e de produtividade das empresas, e que apresenta tendência crescente nos últimos anos. O absenteísmo pode estar relacionado diretamente às condições atuais de segurança e saúde do trabalho nas empresas, bem como a condições clínicas sem relação causal direta com o trabalho, tais como as doenças crônicas não transmissíveis, como a hipertensão arterial ou o diabetes.

A observação de fatores relacionados às condições de trabalho, estilos de liderança, participação na tomada de decisões e relacionamentos profissionais nos ambientes de trabalho podem auxiliar no entendimento e abordagem do absenteísmo nas organizações empresariais.

O monitoramento e a abordagem sistemática das causas e consequências do absenteísmo devem ser conduzidos de forma a gerar evidências técnicas que possam ser analisadas com vistas à elucidação e à constituição de plano de ação capaz de produzir indicadores gerenciáveis ao longo do tempo, sobretudo nos aspectos vinculados aos impactos negativos sobre a produtividade e os custos envolvidos, bem como à competitividade no mercado. A gestão do absenteísmo, portanto, apresenta-se como imprescindível instrumento de suporte à gestão empresarial.

As questões vinculadas ao absenteísmo nas organizações podem ser enfrentadas de variadas maneiras, destacando-se as ações relacionadas aos processos de gestão em segurança e saúde do trabalho e de promoção da saúde nos ambientes de trabalho. No Brasil, um quantitativo expressivo do absenteísmo, segundo dados oficiais da Previdência, está relacionado aos acidentes de trabalho e às doenças relacionadas ao trabalho dos aparelhos osteomuscular, bem como às doenças mentais e/ou comportamentais, representando estas um desafio crescente e que ainda carece de abordagem mais assertiva e resolutiva nos cenários organizacionais, relacionadas à gestão dos fatores psicossociais e suas múltiplas dimensões.

A gestão de absenteísmo deve necessariamente ser instrumento de atendimento ao arcabouço jurídico e normativo em segurança e saúde do trabalho, tornando as empresas atentas e com postura proativa frente aos diversos mecanismos da legislação trabalhista e previdenciária em segurança e saúde do trabalho e que são potenciais geradores de aumentos de custos operacionais com expressivo impacto financeiro sobre a produtividade, tais como o e-Social, o FAP – Fator Acidentário de Prevenção, o NTEP – Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário e as Ações Regressivas.

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O absenteísmo tem a ver com a ausência dos funcionários no ambiente de trabalho, independentemente do motivo. Quanto mais alta essa taxa for, menos tempo a equipe passa completa. Enquanto isso, a medicina do trabalho é o conjunto de ações voltadas para garantir a qualidade de vida e a segurança do funcionário.

Embora pareçam ser conceitos distantes, esses dois elementos estão diretamente relacionados. Ao conhecer o impacto dessa correlação é possível otimizar os resultados do empreendimento, bem como o ambiente corporativo.

Neste artigo, a conexão entre os conceitos é apresentada, demonstrando a importância de dar atenção a esses elementos. Confira!

Qual é a relação entre absenteísmo e medicina do trabalho?

O absenteísmo pode acontecer por uma série de motivos. O funcionário que falta talvez o faça por estar desmotivado ou por considerar o ambiente inadequado devido a conflitos.

Contudo, esse afastamento também pode ter um cunho de saúde. Doenças ocupacionais ou do trabalho podem ser as responsáveis por fazer com que alguns colaboradores deixem de assumir suas funções.

É exatamente nesse ponto que entra a questão da medicina do trabalho. Isso porque as suas práticas e técnicas visam proteger e promover o bem-estar do colaborador. Essa é, portanto, a única forma de agir ativa e preventivamente contra as faltas, especialmente as ligadas à saúde.

Enquanto isso, a inexistência de cuidados com a medicina ocupacional só aumenta as chances da taxa de ausência disparar. Até que haja uma atuação efetiva nesse sentido, não será possível controlar os efeitos.

Quais são os prejuízos ao ignorar o absenteísmo?

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IGBE), 14 milhões de pessoas faltaram ao trabalho em 2013 por motivos de saúde. Isso demonstra que grande parte da força economicamente ativa precisa se ausentar, em algum momento, por quadros ligados ao corpo ou à mente.

Ignorar essa questão só gera prejuízos. Em primeiro lugar, há uma perda na capacidade produtiva da equipe. Com gente a menos trabalhando, a produtividade sofre impactos negativos.

Eventualmente, isso pode até contribuir para a sobrecarga de quem comparece ao seu cargo. Não apenas é algo que diminui a motivação, como ficam maiores as chances de surgirem novas doenças ligadas ao trabalho. A equipe também passa a sofrer com a baixa integração. Se quase sempre um empregado falta, não é possível obter o máximo de desempenho.

Outro ponto tem a ver com os custos. Há despesas com horas extras, funcionários temporários e/ou com a previdência. A empresa, então, perde duplamente: ela se torna menos produtiva e a equipe fica mais cara, comprometendo os resultados. Tudo isso culmina na diminuição de competitividade, especialmente se os concorrentes tiverem uma preocupação efetiva em