A Cultura das Representações de Classe Quanto aos Direitos de Legitimidade Democrática
Quando a cultura de uma sociedade, encontra-se impossibilitada de promover novos valores e construir novas ideias, face à pobreza de suas agregações sociais, estagna-se o seu poder de auto-representação, diante das adversidades e enfrentamentos impostos pela opressão capitalista. Não é e nem poderia ser diferente, com muitas das nossas representações partidárias, políticas e sindicais, visto que nos encontramos submersos à uma verdadeira “crise de identidade”, onde interesses individuais sufocam as relevâncias coletivas. Todavia, no mundo do trabalho, as sucessivas gerações de trabalhadores, permanecem perdendo os seus direitos, as suas garantias, e o seu legado, ferindo-se egoisticamente o conceito de democracia e de igualdade. Estudos sobre a representação distorcida, apontam impactos que podem comprometer a vida de toda uma geração, e isto significa, entre outras palavras, o próprio declínio de base...
Quando defendemos que todos são iguais, consideramos a possibilidade de interpretarmos a diferença como um problema ou algo suscetível de ser ignorado, deixando assim, de trabalharmos o valor da “pluralidade” em salas de aula e no próprio processo de formação do indivíduo. É notório, que isso abre um espaço para a valorização da “ideologia” e da “sustentabilidade”, já que diante do valor negativo absolvido por nossas representações, políticas e de classe, o pensamento da população economicamente ativa , tende a se aglutinar aos modelos convencionados pela própria sociedade servil. Por esta razão, seria mais importante destacar que a diferença não é o problema, e sim a sua não aceitação e a sua intolerância.
Não há como negar a lentidão do nosso poder legiferante. A legislação não avança na velocidade em que as relações entre patrão e empregado necessitam. Não apenas no tocante ao que diz respeito ao seu avanço, mas também, nas adaptações versadas por aqueles que atravessam a crise econômica no país. Portanto, como representar algo que não somos de fato, enquanto idealizadores de uma conquista verdadeiramente corporativista? Ou bem somos formadores ativistas, de fato, ou acabamos ridicularizados pelo próprio grupo que nós propomos assistir, sem ao menos considerarmos, que uma vez falecido o objetivo central de um grupo, seja ele qual for, excluído se faz, o seu nome, e consequentemente, a sua importância para o social.
Sandro de Menezes Azevedo
Técnico em Segurança do trabalho
Consultor Técnico em Gestão de Riscos em Ambientes Hospitalares
Presidente/ASPROTEST
Presidente/ABRATEST-SE
Diretor de Assuntos Jurídicos e de Eventos - SINTEST/SE
Diretor de Comunicação Integrada/ABRATEST
2º Secretário Geral FENATEST